sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Superbactéria chegará a Portugal "mais cedo ou mais tarde"

O director do Serviço de Doenças Infecciosas dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Saraiva da Cunha, alertou hoje, quinta-feira, que "mais cedo ou mais tarde" surgirá em Portugal a superbactéria NDM-1, resistente a quase todos os antibióticos.
Saraiva da Cunha falava à margem dos X Congresso Nacional de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica e VIII Congresso Nacional sobre Sida, a decorrerem em conjunto até ao próximo sábado em Coimbra, tendo hoje, quinta-feira, moderado uma mesa redonda sobre os "novos antimicrobianos".
"Até ao momento, em Portugal, não há nenhum caso, mas não me admira que mais cedo ou mais tarde seja diagnosticado", sustentou o especialista, que preside à comissão organizadora dos congressos, sublinhando o facto de a Direcção-Geral da Saúde ter emitido (em Agosto) uma norma aos laboratórios para que pesquisem a presença desta enzima (NDM-1).
Classificada por alguns cientistas como "bomba relógio", a bactéria multi-resistente é originária de países do sul da Ásia e já chegou à Europa, através de pacientes, nomeadamente ao Reino Unido e a França.
A NDM-1 é o nome da enzima produzida pela bactéria e que a torna resistente aos antibióticos mais potentes.
Além do problema da resistência aos antibióticos, a gripe e a doença de Lyme (que começa por revelar lesões na pele e provoca lesões do foro articular e neurológico) são outras das duas doenças infecciosas emergentes destacadas no programa dos dois congressos, sendo a primeira actualmente de notificação obrigatória em Portugal.
"A ideia que eu tenho é que não haverá muitos casos da doença de Lyme em Portugal, mas existirão muitos mais do que os notificados", disse Saraiva da Cunha à Lusa.
Confrontado com o eventual impacto que a actual crise económica e medidas de contenção poderão ter nas doenças infecciosas, o presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, Kamal Mansinho, defendeu que os riscos não se colocarão ao nível do tratamento adequado mas no facto de determinadas populações poderem ficar "mais vulneráveis, expostas a maiores riscos" de contraírem as doenças. “ in Jornal de Noticias
 
Infelizmente bactérias destas podem ser perigosas, e não podemos fazer muita coisa para o evitar. A VenciLab aconselha o uso do álcool gel, de forma a evitar a transmissão de bactérias. Algumas sugestões para evitar a transmissão:
  • Evitar mexer onde várias pessoas mexeram, nomeadamente corrimões, botões de elevador, etc….
    • Sempre que não for possível evitar, passar as mãos por álcool gel
  • Lavar as mãos várias vezes ao dia
  • Sempre que cumprimentar alguém, lavar muito bem as mãos ou desinfecta-las com álcool gel
  • Sempre que tossir deve ter um lenço de papel na mão, e deita-lo fora de seguida
    • Não conseguindo, as mãos devem ser lavadas imediatamente ou passar álcool gel nas mãos